As 9 habilidades profissionais mais buscadas pelas empresas
EM
5 de fevereiro de 2018
|
por
Adriana Ferrareto
Na hora de escrever suas habilidades profissionais para fazer um currículo, você sabe que tipo de empresa valoriza mais o que você tem a oferecer? Minha contribuição com o tema parte de duas fontes: O que os maiores especialistas pensam a respeito das habilidades profissionais; Minha experiência no coaching, atendendo centenas e centenas de gerentes […]
Compartilhe:
Na hora de escrever suas habilidades profissionais para fazer um currículo, você sabe que tipo de empresa valoriza mais o que você tem a oferecer?
Minha contribuição com o tema parte de duas fontes:
O que os maiores especialistas pensam a respeito das habilidades profissionais;
Minha experiência no coaching, atendendo centenas e centenas de gerentes e presidentes dos mais diversos tipos de organizações nos últimos 13 anos.
Todos desejam pessoas com habilidades profissionais que vão além do senso comum.
Cada vez mais as empresas procuram por pessoas que tenham um pensamento lateral, ou seja, do tipo que enxerga a floresta e a árvore. E que saibam adequar essa perspectiva de acordo com cada situação.
Conheça agora quais são as habilidades profissionais mais buscadas pelas empresas atualmente, são elas:
Organização pessoal e digital
Curadoria de informações
Empatia
Autonomia & Interdependência
Simplicidade
Motivação baseada em propósito e excelência
Saber usar seus talentos
Comunicação efetiva e não violenta
Saber fazer boas perguntas
1. Organização pessoal e digital
Nesse momento em que vivemos, a quantidade de informações vem em forma de inundação. O lado positivo disso é que temos mais acesso às informações do que nunca antes na história da humanidade.
Considero a organização da vida e o domínio de ferramentas digitais uma das mais importantes entre as habilidades profissionais.
2. Curadoria de informações
Sem dúvida, fazer curadoria é umas das habilidades profissionais mais desejadas. Meus coachees que são presidentes de grandes multinacionais já me disseram que sonham em ter em suas equipes gente "pensante". Pessoas com a capacidade de ponderação, de fazer análise investigativa dos fatos, com um poder de avaliação dos impactos. O que também podemos chamar, nesse caso, de visão sistêmica.
Filtrar aquilo que é relevante e que faça sentido
Nunca foi tão indispensável a capacidade de avaliar as fontes que segue, os livros que lê, sites em que se inscreve, canais do Youtube que assina, portais de notícias que acompanha. A quantidade de dados que recebemos é enorme. Mas note que isso é diferente de informação, que é diferente de conhecimento, que por sua vez difere da sabedoria.
"A reflexão aplicada às informações é que cria o conhecimento."
Por isso, é preciso colocar o que chamo de curadoria na sua lista de habilidades profissionais essenciais. Sem refletir, juntar evidências, questionar a veracidade e aplicabilidade, nunca estaremos preparados para perceber além do óbvio.
O Luciano Pires propõe alguns questionamentos bem relevantes quando estamos observando uma informação que recebemos:
É útil?
É aplicável?
É difícil?
É conectada?
É expansível?
Vale perder tempo de vida com ela?
Esses filtros podem ajudar a selecionar o que chega até você e o que vai deixar entrar em sua mente e vida.
Escolhas bem os autores que lê. Questione se as pesquisas são sérias, se têm evidências de que o que falam funciona de verdade. Eleja um bom canal para ler suas notícias. Simplifique, para poder aprofundar. Exercite sua mente.
3. Empatia
Empatia é algo que me fascina muito, pois entendo que pode mudar profundamente as relações quando sabemos aplicá-la. O impacto positivo que ela pode ter nas relações e na carreira é imenso. Por isso, a empatia está entre as habilidades profissionais que considero mais importantes.
Entender e acolher o que o outro sente e suas necessidades
Hoje todos estão tão preocupados em alcançar suas metas de forma individual, que se esquecem de que precisam do todo para maiores realizações. Não prestam atenção às necessidades do outro, e ainda assim desejam ser atendidos em suas demandas. São exigentes e nada oferecem em troca, nem sequer, atenção.
Já escrevi um texto detalhando bastante minhas percepções de empatia. Ou, pela perspectiva dos talentos, o que de fato ter o talento empatia significa? O fato é que se desejamos ser bem sucedidos em nossos objetivos, a empatia junto com a reciprocidade, é um ingrediente e tanto.
Quero sugerir o vídeo do TED de Brené Brown, especialista em empatia e vulnerabilidade. Tenho certeza que vários insights surgirão a partir desse vídeo, bem como a aplicação no seu dia a dia nas empresas e até nas entrevistas.
4. Autonomia & Interdependência
Autonomia é a capacidade de tomar decisões sem a ajuda do outro, e interdependência é a capacidade causar efeitos em toda a sociedade.
Quanto mais maturidade emocional adquirimos, mais conseguimos agir com autonomia. Ou seja, somos mais capazes de lidar com situações de maior complexidade. Mas é preciso levar em conta que as decisões que tomamos precisam gerar benefício para o maior número de pessoas e com menor prejuízo ao sistema, a natureza, ao todo.
Saber que fazemos parte de um todo.
Pode parecer paradoxal ser autônomo e interdependente. Mas, na verdade, se entendermos bem a aplicação desses conceitos, saberemos que tomar a frente, decidir, escolher, pode e deve levar em conta os demais. Saber unir autonomia e interdependência está entre as habilidades profissionais mais poderosas.
Os profissionais que cuidam só do seu pedaço, de forma independente, está com seus dias contados por três razões:
Não consegue apoio das interfaces para que haja fluidez e efetividade na execução de seus projetos
Não tem visão sistêmica. Percebe apenas a árvore e não vê a floresta (figurativamente falando). É limitado e até egoísta
Seu relacionamento interpessoal é comprometido. As pessoas desejam ter parceiros no ambiente de trabalho e não rivais.
"A suprema liberdade para grupos criativos é a liberdade para experimentar novas ideias. Alguns céticos, insistem em dizer que inovar custa caro. No final das contas, a inovação é barata. A mediocridade é cara - e a autonomia pode ser o antídoto". - Tom Kelley - Gerente Geral, IDEO
Importante reflexão para entendermos o impacto que nossas atitudes, tanto positivas quanto as negativas, podem gerar.
5. Simplicidade
As pessoas estão ficando muito complicadas. E isso não significa que sejam mais inteligentes e produtivas. Na realidade, são pessoas que têm um processo de comunicação truncada, são prolixos e perdem tempo precioso em reuniões intermináveis que não chegam a lugar algum.
Simplicidade é a ausência de complicação
Essa complexidade gera, por exemplo, processos seletivos de mais de 20 etapas para contratação em que, depois de alguns meses, o profissional é demitido. Afinal, durante esse processo seletivo complicado, não foi possível captar a essência, o comportamento, a índole do profissional.
Também são comuns líderes querendo implementar novas metodologias de liderança, mas que não sabem sequer fazer nem o "arroz com feijão". (Escrevi um outro artigo onde menciono o que acredito ser importante para os líderes.)
Carecemos de atitudes e comportamentos simples. E a simplicidade está entre as mais poderosas habilidades profissionais. Acredito que isso se deva ao fato de que ser simples exige um profundo conhecimento de causa, necessita não estar apegado ao ego.
Indico a leitura de um livro MARAVILHOSO que se chama Walden - a vida nos bosques, que traz uma percepção mais profunda sobre a simplicidade. É uma autobiografia do escritor Henry David Thoreau. Insatisfeito com o modo de vida na sociedade durante o crescimento da industrialização e urbanização, Thoreau retira-se para a floresta, onde constrói com as próprias mãos, sua casa e seus móveis, passando a viver com o mínimo necessário. Através dessa experiência, ele pôde confirmar não apenas que uma vida simples e humilde é viável em termos financeiros, mas construiu uma nova visão, quase mística, do Homem.
O fato é que, entre as habilidades profissionais, ser simples, eficiente e inovador é uma preciosidade hoje em dia.
6. Motivação baseada em propósito e excelência
Nossos princípios servem como bússola para nos dar o norte nos momentos mais difíceis
Segundo o autor Daniel Pink, quando se trata de motivação, há uma defasagem entre aquilo que a ciência sabe e aquilo que as empresas praticam. Nosso atual sistema operacional, construído em torno de motivadores externos, tipo cenoura-e-chicote, não funciona e, em geral, prejudica.
Precisamos de upgrade, e a ciência nos aponta o caminho. Essa nova abordagem possui 3 elementos essenciais:
Autonomia: o desejo de dirigir nossa própria vida (mencionada em mais detalhes no tópico 4 desse mesmo artigo);
Excelência: a premência de se tornar cada vez melhor em algo relevante;
Propósito: o anseio de agir em nome de algo superior a nós.
Vamos à excelência:
Daniel Pink menciona que enquanto a motivação da forma como a aplicávamos requeria conformidade, a motivação que ele chama de 3.0, exige empenho. E a excelência cumpre três regras especiais:
a excelência é um estado mental: requer a aptidão para vermos nossas capacidades não como finitas, mas sempre passíveis de melhoria;
a excelência é dolorosa: exige esforço, determinação e prática deliberada;
a excelência é assíntota: é impossível alcançá-la definitivamente, o que a torna em um só tempo, frustrante e sedutora.
Agora vamos falar de propósito:
Os humanos, por natureza, estão em busca de propósito - uma causa maior e mais duradoura do que eles mesmos. As empresas tradicionais, porém, consideram - há muito tempo - o propósito como uma peça decorativa - um acessório bonito, contanto que não atrapalhe.
Isso no entanto, está mudando - graças, em parte, à onda crescente de baby boomers, frente a frente com sua mortalidade. Na motivação 3.0, a maximização do propósito está assumindo seu lugar ao lado de maximização de lucro como aspiração e princípio norteador.
Dentro das organizações, essa nova força motriz de propósito se expressa em três formas:
Em metas que empregam o lucro para atingir um propósito;
Em palavras que enfatizam mais do que o interesse próprio;
Em políticas que permitem que as pessoas busquem propósito à sua maneira.
Essa mobilização no sentido de fazer a maximização do lucro ser acompanhada pela maximização do propósito está entre as habilidades profissionais que têm o potencial de rejuvenescer negócios e reformular o mundo.
7. Saber usar seus talentos
Quando as pessoas identificam seu meio de expressão (talento), descobrem suas forças criativas reais e encontram seus caminhos. Ajudar os outros a se conectarem com suas capacidades criativas é o caminho mais seguro para liberar o melhor que cada um tem a oferecer.
Conheça seus talentos e aprenda como usá-los em seu favor.
Focar nos seus pontos fortes, e não nos seus defeitos, é uma escolha sobre sua maneira de enxergar a vida. Começar a olhar estrategicamente para seu talento pode afetar positivamente sua qualidade de vida e sua carreira.
8. Comunicação efetiva e não violenta
Você tem facilidade para colocar seus pensamentos em palavras?
Ao pensar na comunicação como uma das habilidades profissionais essenciais, gosto demais do conceito de Marshall B. Rosenberg sobre a comunicação não violenta.
"Em um mundo violento, cheio de preconceitos e mal-entendidos, buscamos ansiosamente soluções. Pois a boa comunicação é uma das armas mais poderosas, econômicas e de fácil aplicação.
Grande parte dos problemas entre casais, pais e filhos, empregados e empregadores, vizinhos, políticos, governantes, pode ser amenizada e frequentemente evitada apenas com... palavras.
Saber ouvir o que de fato está sendo dito pelo outro e expressar o que de fato queremos dizer, embora pareça uma tarefa simples, é uma das mais difíceis".
Para ter uma comunicação efetiva é necessário:
Libertar-se dos condicionamentos e dos efeitos de experiências passadas;
Transformar padrões de pensamento que conduzem a discussões, raiva e depressão;
Resolver pacificamente seus conflitos com os outros;
Criar relacionamentos interpessoais baseados em respeito mútuo, compaixão e cooperação.
O fato é que precisamos da comunicação como uma das habilidades profissionais para nos colocarmos na vida com propriedade. Vale a pena investir nisso.
9. Saber fazer boas perguntas
Certa vez, assisti uma propaganda do canal Futura que nunca mais esqueci, ela dizia assim: “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas.”
Concordei muito com essa frase, pois as perguntas têm o poder de mudar o foco das nossas mentes e nos levar para caminhos que podem ser satisfatórios, ou não, dependendo do direcionamento que dermos. Ou seja, saber fazer boas perguntas é sem dúvida uma habilidade profissional.
O problema é que não nos damos conta da força que uma pergunta tem sobre a mente. Como reféns, ficamos à mercê de perguntas viciadas por possíveis crenças limitantes que geram respostas ineficientes e que podem até nos paralisar.
Você está se preparando para o futuro?
Profissões do futuro foi o tema do programa CBN Debate, na CBN Curitiba, que participei há alguns dias. Falamos bastante sobre as necessárias habilidades profissionais para garantir carreiras promissoras. Ouça o programa completo aqui.
E se você quer uma ajuda para desenvolver suas habilidades profissionais, eu posso ser a sua coach pessoal online.
Boa jornada de desenvolvimento para você.
Abraço afetuoso,
Adriana Ferrareto
P.s: Lembre que existem várias maneiras de se manter atualizado com os conteúdos que crio. Você pode:
Strengths Coach certificada pelo Gallup® Institute Executive Coach Certificada pelo Integrated Coaching Institute (ICI) Certificação Internacional em Coaching Integrado
Especialista em talentos humanos e estou aqui para despertar e fortalecer pessoas a usarem naturalmente suas potencialidades com autonomia, para se sentirem mais realizadas com seu trabalho e tenham uma vida mais leve e equilibrada.