O estilo da sua empresa combina com o seu?

EM
11 de janeiro de 2017
|
por
Adriana Ferrareto
Olá! Tudo bem com você? Espero que tenha tido um bom final de ano e desejo verdadeiramente que consigamos, juntos, construir um 2017 melhor! Lembrei-me, há alguns dias, de que aos quinze anos de idade eu quis participar de um concurso da prefeitura de São Paulo, para poder expor as telas que eu pintava à […]
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Olá! Tudo bem com você?

Espero que tenha tido um bom final de ano e desejo verdadeiramente que consigamos, juntos, construir um 2017 melhor!

Lembrei-me, há alguns dias, de que aos quinze anos de idade eu quis participar de um concurso da prefeitura de São Paulo, para poder expor as telas que eu pintava à época. Sim, eu já desejei ser artista plástica na vida e, apenas para constar, pretendo incluir essa atividade mesmo que seja no rol dos hobbies.

O fato é que, para expor minhas telas na calçada da Avenida Paulista, em frente ao MASP, era preciso demonstrar minhas habilidades.

Para tanto, a Prefeitura havia estabelecido algumas regras: no dia da prova, deveria pintar um quadro na hora, perante uma comissão julgadora, sem olhar para nenhuma foto ou imagem. Além disso, eu deveria levar três quadros originais, de minha autoria.

A questão era a seguinte: apesar de eu amar pintar óleo sobre tela, eu nunca tinha feito um curso sequer, e meu método “caseiro” - digamos assim - baseava-se em copiar aquelas imagens bem bonitas de quadros dos calendários. Se me dessem algo para copiar, eu mandava bem, mas, se tirassem de mim essa referência, eu não saberia desenhar sequer um gato.

Todavia, como eu desejava muito mesmo começar a trabalhar e viver de arte, resolvi me aventurar. Embrulhei três quadros bem bonitos que havia pintado, mas que eram cópias, e levei também uma tela em branco, minhas tintas e pincéis, para um dia que prometia ser repleto de emoções.

Assim que cheguei ao local da prova, arrumei as telas prontas para ficarem expostas para o júri e montei meu cavalete para começar a pintar. Pretendia retratar uma canoa e uma praia ali mesmo, ao vivo e em cores, sem calendário nenhum para copiar. Demorei umas duas horas para concluir minha obra de arte e nem preciso falar que ficou horrorosa, uma mistura de abstrato com borrões, que até uma criança de cinco anos saberia fazer.

Mas como toda aventura tem seu ápice, chegou o fatídico momento da comissão julgadora avaliar meus três quadros e a tela que pintei na hora. Eles olharam para as telas que estavam no chão e as acharam lindas, mas daí, quando viram a que pintei na hora, a pergunta veio na lata:

- Esses quadros aqui no chão, são originais ou cópias?

Não preciso nem dizer que tremi da cabeça aos pés e comecei a chorar de soluçar, dizendo:

- São cópias! Eu não sei pintar sem olhar em uma referência. Nunca fiz cursos de desenho, mas amo pintar! Me desculpem por ter trazido cópias!

As lágrimas brotavam...

Se bem me lembro, a comissão julgadora era composta por umas 5 pessoas. Depois do meu depoimento, eles foram conversar um pouco afastados de mim, em voz baixa para que eu não ouvisse. Quando voltaram, após alguns instantes, uma das mulheres chamou-me, apontando para um senhor de barba branca, do grupo de avaliadores, e disse:

- Garota, esses quadros que você copiou são da autoria daquele senhor. O calendário que você tem em casa, por acaso, é baseado nas obras dele!

Senti um frio na espinha, tamanho o susto que levei e, depois de pedir desculpas novamente, o autor das obras dirigiu-se a mim:

- Você pinta muito bem, menina! Reproduziu as minhas obras como ninguém! Você tem futuro! E como você foi honesta e nos contou a verdade desde o começo, quero dizer que você passou no teste e poderá, a partir da próxima semana, expor suas obras na Avenida Paulista.

Foi uma conquista memorável mas, a partir desse episódio, não copiei obras de mais ninguém e procurei seguir um estilo pessoal e criar minha própria identidade.

Dizer a verdade, ainda que por vezes seja difícil, é um dos valores que aprendi desde muito cedo. E acreditem: este hábito já me salvou de poucas e boas!

Trouxe esta história pessoal para frisar a ideia de que nossas vidas são regidas pelos valores que adotamos. Percebo que na vida adulta, quando nossos valores são aviltados, nos sentimos muito incomodados e às vezes nem sabemos ao certo o porquê. Daí a importância de sabermos que valores são inegociáveis para que possamos viver e trabalhar em circunstâncias que nos façam sentido.

Pensando nisso, preparei um vídeo em que falo sobre valores e estilos que, acredito, talvez possa contribuir para esse olhar na carreira.

Ficarei muito feliz se você puder deixar suas impressões e comentários no espaço que disponibilizei logo abaixo do vídeo.
Abraço forte e até a próxima!

Adriana Ferrareto

P.S.: Eu expus meus quadros por seis meses e vendi apenas três telas nesse período. Uma das telas serviu como poste para o cachorrinho de uma senhora que passava pela Paulista. Noutra ocasião, um bêbado abraçou o cavalete e derrubou meus quadros no chão, quebrando as molduras. Decidi,então que era hora de encontrar meus talentos e usá-los de outra maneira. Mas esta história eu conto em outro vídeo!

Adriana Ferrareto

Strengths Coach certificada pelo Gallup® Institute
Executive Coach Certificada pelo Integrated Coaching Institute (ICI)
Certificação Internacional em Coaching Integrado

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Sou a Adri

Especialista em talentos humanos e estou aqui para despertar e fortalecer pessoas a usarem naturalmente suas potencialidades com autonomia, para se sentirem mais realizadas com seu trabalho e tenham uma vida mais leve e equilibrada.
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