Comecei pelo clássico guarda-roupa. E como não poderia deixar de ser, a reflexão apareceu, enquanto separava roupas que não serviam mais, ou estavam puídas de tanto usar.
Pensei muito na natureza dos ciclos, lutamos muito para adquirir certas coisas, e depois, por uma razão ou várias, essas mesmas coisas, já não importam tanto. Alguns motivos me pareceram naturais:
Isso se estendeu aos livros. Esse tema é recorrente em minha vida. Sou ávida leitora, e quem me conhece sabe da minha busca eterna por conhecimento. No entanto, há muito tempo, tenho percebido o estresse que essa busca excessiva tem gerado. Não posso deixar de citar aqui que “todo excesso esconde uma falta”, não sei de quem é essa sábia expressão, o fato é que cala fundo quando me lembro dela. Nessa investigação dos excessos, me deparo que por vezes, o conhecimento dessa forma voraz, é um refúgio, quase um esconderijo onde me aninhar e me descolar de uma “realidade que nem sempre nos é agradável”.
Aos poucos, sem muita cobrança, estou me liberando disso, doei outros tantos livros e nessas férias, li apenas “o suficiente”, fui carinhosa comigo, acho que mais do que isso, usei de compaixão comigo mesma. Continuo amando a leitura e incentivo todos a lerem. Mas estou atenta às práticas do conhecimento, quero cada vez mais ir para além das páginas dos livros, experienciar a vida, que é onde de fato, tudo acontece.
Fiz meu planejamento anual para 2020, com mais simplicidade também. Elegi poucas e boas coisas para “SER” esse ano, mais do que “TER”. Quando olho para meu planner anual, consigo perceber a limitação do tempo e me lembrar de que nem tudo tem a mesma importância. Acho que por isso, escrevi coisas e apaguei várias vezes, pois fui observando que minha “mente ansiosa”, deseja coisas diferentes da “minha mente e coração atentos”. É bem provável que tenham coisas ainda demais, porém vou deixar os dias e as horas, “sovarem” minha percepção.
Não preciso ser protagonista de tudo, o tempo todo, quero por vezes, apenas observar, escutar, relaxar, deixar ser.
Vivemos uma realidade de contas para pagar, luta pela sobrevivência, performar bem em nossos trabalhos, educação de filhos, saúde, família, mas apesar de tudo isso ser lícito, podemos ainda assim, tentar soltar a necessidade de “controle”, que enrijece, estreita a percepção.
Precisamos mais da empatia para perceber nossas reais necessidades e dos outros, nos colocando genuinamente no lugar dessas pessoas, com uma boa dose de compaixão, que é a energia que nos leva a agir, a sermos bondosos conosco e com os demais.
O que seria da empatia sem o desejo compassivo de agirmos bondosamente em consonância com o que observamos?
Por isso, meu desejo para esse ano de 2020 é que em nosso modo de lidar com as questões de nossa vida, nossas relações no trabalho e com todos os demais, seja mais simples, leve, de forma empática, compassiva e bondosa.
Se quiser refletir mais sobre essas questões, deixo aqui alguns links dos últimos episódios do PodCast Escola de Carreira. Você já assinou o meu podcast Escola de Carreira? Tem no Spotify ou em qualquer agregador de podcast do seu celular. Deixo aqui 2 links para você:
https://soundcloud.com/escoladecarreira/ta-na-duvida-saiba-como-garantir-boas-decisoes
https://soundcloud.com/escoladecarreira/como-fazer-escolhas-em-tempos-de-excesso-de-informacao
Você também pode assistir á muitos vídeos que tenho no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UC_RAwYZWp7tZGtZjugKalaA
Ou ler aos artigos que escrevo lá no Blog:
https://adrianaferrareto.com.br/blog/
Seja compassivo e bondoso consigo mesmo, para então conseguir ser com os outros!
Abraço afetuoso. É uma alegria ter você por aqui.
Adri Ferrareto
Strengths Coach certificada pelo Gallup® Institute
Executive Coach Certificada pelo Integrated Coaching Institute (ICI)
Certificação Internacional em Coaching Integrado