Outro dia um cliente me disse que ao receber feedback em sua avaliação de desempenho, que não conseguiu ouvir nada dos elogios que o gestor fez, pois sabia que na sequência viria um retumbante "MAS", que seria a segunda parte da avaliação, onde seriam apresentadas as fragilidades e pontos a desenvolver.
As pessoas ficam tão tensas esperando a crítica, que nem sequer conseguem aproveitar os elogios.
Pense, se eu te mostrar um lençol branco enorme, mas que tem um pontinho de azul bem no meio, nosso olhar, será lançado imediatamente para esse pontinho, como se desconsiderássemos todo o restante branco.
Isso me faz pensar que devemos rever a forma como tentamos desenvolver pessoas e trabalhar em suas fragilidades.
Segundo extensas pesquisas da Gallup, temos melhores resultados quando ajudamos uma pessoa a entender quais são seus talentos naturais, pois é onde existe uma espécie de crescimento natural e fluído, combinado com aprendizado rápido e um vislumbre de excelência, afinal trabalhar em cima de um talento é mais natural.
Quando a pessoa entende como pensa, sente e se comporta, gradativamente vai ganhando confiança, e entende que não é bom em tudo, por isso, deve focar sua energia em potencializar aquilo que já possui de talentos naturais.
Evidente que ela pode desenvolver algumas habilidades necessárias ao longo da vida, todos fazemos isso.
Mas ter uma habilidade, não é a mesma coisa que fluir em seu talento.
"Quanto mais você sabe quem é e como funciona, mais entende quem não é, e quais pontos fracos tem".
Adriana Ferrareto
É tudo aquilo que possa atrapalhar seu sucesso.
Além de saber que talentos possui (e sempre começamos por aqui), é importante ter consciência de suas fraquezas.
Isso ajuda a evitar algumas coisas como:
Temos de tomar cuidado com esse senso comum de que só tem valia aquilo que vem com extremo esforço.
Logo, as pessoas desconsideram os talentos que possuem por serem naturais (sem esforço), imaginam que todo mundo é daquele jeito, e que o foco deveria ser em se esforçar em algo que não tem.
Pontos fracos se administra e não se conserta, aí mora a estratégia.
Ponto fraco se assemelha a areia movediça, quanto mais tentar consertar, mais você afunda.
Vamos a um exemplo, supondo que uma pessoa que não tenha o talento analítico, ela pode tranquilamente aprender a ler um demonstrativo financeiro (adquirir habilidades para isso), mas como não é natural, ou seja, ela não tem o talento analítico, provavelmente não terá os mesmos insights intuitivos e compreensão de quem tem o talento inato.
Com essa prática constante de a maior parte do tempo focar no que a pessoa tem de melhor, teremos pessoas mais fortes, autoconfiantes e engajadas, e faremos a "gestão dos pontos fracos" com uma estratégia específica de usar os talentos para atenuar aquilo que possa ser empecilho ao sucesso.
Abraço afetuoso,
Adriana
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